Black hat - ilustração de um homem usando um chapéu e segurando uma lupa sobre um fundo com uma barra de pesquisa e três quadros de resultados de pesquisa do Google

Marketing Digital

O que é Black Hat e por que você deve evitar essa estratégia

Algumas práticas que podem prejudicar o SEO do seu site. Conheça o Black Hat, estratégia que pode fazer a sua página ser penalizada pelo Google.

Hotmart

02/06/2022 | Por Hotmart

Neste artigo, vamos te ajudar a entender o que é Black Hat, quais são as consequências de usar estratégias desse tipo e quais são as boas práticas que o Google exige para ranquear sites de forma justa.

Todo mundo que produz conteúdo para a web quer alcançar novos usuários e obter cada vez mais relevância.

Para ter mais alcance, diversas técnicas podem ser utilizadas em conjunto. Porém, é muito importante estar atento às regras criadas pelos buscadores, como o Google, que regulamentam as formas em que os sites podem atingir seu objetivo.

O conjunto de técnicas consideradas “trapaça” pelo Google ganharam o nome de “Black hat”, em alusão aos chapéus pretos que os vilões de faroeste costumavam usar.

Abaixo, vamos te ajudar a entender quais regras são consideradas Black Hat e o que fazer para evitá-las. Confira!

O que é Black Hat?

Como explicamos acima, o Black Hat (ou Black Hat SEO) é o nome dado ao conjunto de práticas que visam burlar, ou descumprir, as regras estabelecidas pelo Google como critério de ranqueamento de sites.

São formas de encontrar brechas, ou até mesmo driblar as próprias regras, para atingir resultados com mais facilidade, sem usar o esforço tradicional, que é a produção de conteúdo relevante.

Porém, com o passar do tempo, o Google foi identificando cada vez mais as práticas Black Hat e, consequentemente, foi criando regras para punir os sites que aderem a esse tipo de metodologia.

Como surgiu o Black Hat?

As técnicas de Black Hat SEO começaram a se tornar populares nos anos 2000, mais especificamente entre 2004 e 2006, época em que a produção de conteúdo para a web se popularizou em um nível cada vez mais profissional.

Desta forma, alguns criadores de conteúdo passaram a tentar burlar as regras vigentes, encontrando formas de implementar técnicas de SEO com mais facilidade, sem passar pelo processo natural de conquista de alcance por conteúdo relevante.

Com o tempo, o Google começou a criar medidas para restringir cada vez mais esse tipo de prática. Hoje, os algoritmos conseguem identificar e punir os usuários com facilidade, reduzindo o alcance de sites penalizados.

Qual a diferença entre White, Gray e Black Hat?

O White Hat SEO, como dito, usa técnicas que vão de encontro ao que o Google recomenda e, portanto, tem foco em entregar qualidade e relevância ao usuário.

Segundo as diretrizes, esse deve ser o principal motivador de sucesso de uma estratégia de otimização de conteúdo.

Dessa forma, se os usuários apreciarem o conteúdo, eles vão passar mais tempo na página, engajar mais e vão compartilhá-lo, o que automaticamente acrescenta pontos para melhorar o ranqueamento.

O Black Hat vai pela contramão, desconsiderando o usuário e a necessidade de um conteúdo de qualidade.

Já o Grey Hat SEO é uma forma de levar em consideração a experiência do usuário, mas aplicar algumas técnicas menos agressivas de Black Hat a fim de se obter resultados mais rápidos.

A intenção é não fazer as práticas prejudiciais por longo tempo e com muita frequência, mas, sim, de forma sutil, com cautela para não sofrer punições.

Quais técnicas são consideradas Black Hat?

Muitas vezes, empreendedores acabam usando estratégias de Black Hat sem nem mesmo saber que são nocivas para seu negócio, simplesmente por falta de conhecimento no assunto ou por que aprenderam por fontes ruins.

Para você evitar que isso aconteça, vamos mostrar agora as principais técnicas.

Automatização de conteúdo

Uma das práticas de Black Hat mais comuns é a automatização de conteúdo, que consiste no uso de robôs, os chamados bots, para a produção de conteúdo de forma programada.

A ideia é que um bot crie textos usando palavras-chave específicas, para tentar ranquear. Essa não é uma prática correta, já que os algoritmos podem identificar que o texto não passou por validação humana.

Compra e venda de link

A compra e venda de links é uma técnica Black Hat difícil de ser identificada, mas também passível de punição.

Neste método, um site paga para receber links de outro, construindo uma troca de influência forjada. Esse método também é usado na troca de favores ou recompensas, como oferecer um desconto do produto parceiro.

Apesar de ser algo difícil de fiscalizar, o Google pode entender que sites que receberam muitos links de uma hora para a outra são suspeitos. A mesma coisa pode ser interpretada no caso de sites de segmentos muito diferentes que trocam links entre si.

Plágio / Conteúdo duplicado

Outra prática que acaba penalizada pelo Google é a publicação de conteúdos duplicados, especialmente no caso de plágio, que é quando um site replica o material de outra fonte sem creditar o autor original.

Além de serem penalizados pelo Google, conteúdos duplicados são sempre ineficazes em termos de SEO, já que os buscadores identificam e priorizam aquele que foi publicado primeiro.

Cloaking

A técnica do Cloaking (Camuflagem) consiste na criação de duas versões de uma mesma página.

Uma, em código, feita pelos desenvolvedores, vai seguir todas as normas e diretrizes de SEO, para ranquear.

A versão “visível” que aparece para os usuários, é totalmente diferente do que é exibido no código, contando com baixa legibilidade e com formatação incorreta para SEO. 

Sneaky Redirects

Na técnica Sneaky Redirect (redirecionamento sorrateiro), o usuário clica em uma URL, mas é redirecionado para outro domínio de forma sutil.

É uma prática ruim que também pode ser usada para separar usuários por meio de dispositivos, gerando um link para mobile e outro para desktop, por exemplo.

Unrelated Keywords

Outra prática bem ruim é o uso de Unrelated Keywords (palavras-chave não-relacionadas), ou seja, o uso de termos relevantes, com grande volume de busca, que não possuem relação com o assunto trabalhado no texto.

Essa técnica é facilmente identificada. Basta entrar no texto para ver palavras totalmente desconexas entre si sendo usadas.

SPAM em comentários

O Google também pune sites que usam spam nos comentários, gerando mensagens artificiais, criadas por perfis falsos (ou contas novas sem utilidade) apenas para simular a relevância de um conteúdo.

Conteúdo oculto

O uso de conteúdo oculto é outra prática de Black Hat bem conhecida. Na prática, é quando o criador deseja incluir um conteúdo em um artigo, para SEO, mas não quer que isso seja visto pelos usuários.

Assim, ele oculta essa parte do texto colocando uma fonte da mesma cor do fundo da página, ou diminuindo o tamanho das letras. 

Doorway page / gateway page

Similar ao cloacking, essa técnica, chamada de Doorway Page (ou página de entrada) é referente ao uso de robôs para a criação de páginas inteiras, otimizadas para uma palavra-chave específica.

O problema é que, ao clicar na página, os usuários encontram um conteúdo genérico, frequentemente não relacionado ao que foi buscado. Esse tipo de prática é facilmente identificada (e penalizada) pelo Google desde as atualizações de algoritmo em 2015. 

Linkfarm

A Linkfarm (fazenda de links) é uma prática que consiste na linkagem interna de conteúdos que indicam sites com baixa relevância.

Ou seja, são páginas criadas apenas para linkar outra, sem qualquer conteúdo de qualidade. Essa é outra técnica que passou a ser penalizada pelo Google com a atualização do algoritmo.

Quais as penalidades do Google para quem pratica Black Hat?

Quando o Google identifica um site que usa Black Hat, diversas punições são possíveis. São elas: perda de tráfego orgânico, restrição de posicionamento das páginas, queda de PageRank e até mesmo banimento total do site.

Usuários punidos de forma injusta podem recorrer com o suporte da plataforma, fazendo também os ajustes necessários para seguir as boas práticas. Entretanto, de forma geral, para escapar do Black Hat, é necessário usar as técnicas de SEO recomendadas.

 Quais técnicas de SEO indicadas pelo Google?

A longo prazo, as soluções para o Black Hat são as boas práticas de SEO já disseminadas pelo Google.

Conheça as principais delas abaixo!

Palavras-chave

Use as palavras-chave corretamente, indexando o seu conteúdo para uma que faça sentido para a sua marca e para o assunto trabalhado no artigo. Além disso, faça uma linkagem genuína, apenas entre temas que possuem uma conexão.

Links confiáveis

Na hora de criar uma estratégia de backlinks, aposte na conexão com sites confiáveis, que possuem sinergia com a sua marca e credibilidade no meio digital.

Meta description

Outra boa medida é preencher a meta description (ou meta-descrição, texto que aparece abaixo do título na busca do Google) de forma correta, com um resumo atrativo e verídico sobre o que o usuário vai encontrar ao clicar no link.

SEO Onpage

Por fim, otimize o SEO Onpage do seu site, seguindo todas as normas indicadas, como repetição da palavra-chave e relacionadas, parágrafos curtos, texto dividido em tópicos e subtópicos, entre outras técnicas recomendadas.

Jogue de acordo com as regras

Investir em boas técnicas de SEO é fundamental para qualquer site. Mais do que evitar as práticas ruins, é necessário executar as boas corretamente, para atingir os resultados da melhor forma. 

Conheça 7 dicas de SEO que vão te ajudar a ter um melhor desempenho online!


Este post foi originalmente escrito em novembro de 2020 e atualizado para conter informações mais completas e precisas.